Bacana e (quase) ninguém assistiu

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Sou daqueles que esperam passar todos os créditos finais do filme aguardando surpresinhas. No caso de Seres Rastejantes (Slither, 2006 de James Gunn) tem o mote para uma continuação.

Que não deve acontecer! Como já fiz jura a mim mesmo de não perder mais tempo tentando entender as idiotices do mundo, não entrarei na discussão de o por quê que esse filme não teve a merecida repercussão.

Banquete para quem gosta de terror, ficção científica e, sobretudo cinema! Dezenas de referências salpicam na tela entre um susto e outro, pra nos se divertir enquanto se identifica a fonte.

A mais óbvia talvez seja Vampiros de Almas (Invasion of the Body Snatchers, 1956 de Don Siegel), mas dá pra reconhecer a alma de David Cronenberg o tempo todo e até John Woo! Houve espaço para lembrar do Monty Python.

Só de vestir de vísceras um aparente filme romântico sobre dona de casa e seu marido grosseirão que busca apertar botões para fazer ligar o desejo da esposa já mereceria atenção. Mérito mesmo está nesse emaranhado de citações e possibilidades o roteirista (que também é o diretor) conseguir fechar redondinho.

E o cara ainda conseguiu (por incrível que pareça) dar sabor novo aos cambaleantes zumbis, tão banalizados hoje em dia. Não apenas sabor, mas um sentido a eles além de clamarem por “Meat!”.

Quanto ao final depois dos créditos, seria apenas uma das possibilidades para sequencia. Quando o bicho literalmente pega, não se fala mais que a mocinha fez sexo (o melhor da história do casal!) com o marido após ele já estar possuído pelos tais seres rastejantes.

Lindo seria se produzissem uma cruza de Bebê de Rosemary com Invasores de Corpos numa ilha dominada por Pássaros. Haja carne fresca!

[Ouvindo: Balaio Grande - Caco Velho]

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4Comentários

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  1. Moyses, se não for um filme pelo menos divertido, nunca mais vote em mim!

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  2. "Seres Rastejantes" é um grande barato e acho uma pena que o filme não tenha encontrado o seu público quando foi lançado. A princípio, a produção tem um ritmo meio problemático, mas engata que é uma maravilha a partir da cena antológica de uma mocinha na banheira. E ainda tem a Elizabeth Banks, uma atriz que eu simplesmente adoro.

    James Gunn está com um novo filme independente chamado "Super" (já lançado lá fora) e há quem diga que é o filme de super-herói mais inusitado que pintou nestes últimos anos.

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  3. Alex, a cena da banheira que aliás, lembra bastante a cena da Barbara Steele em Shivers.

    Olha, nem acho o incio problemático não... Fiquei ligado do começo ao fim. =))

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