Olha o Philip Morris!

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Fico na dúvida se esta propaganda tratasse de muita ingenuidade ou de pura e simples malandragem. Começando pela utilização de uma criança pra vender cigarro, Johnny, clássico mascote da marca Philip Morris.

Isso poderia ser considerado normal em algum tempo? Lembro que adultos mandavam crianças comprar cigarro na padaria e até quem pedisse a elas para acendê-los, mas já era considerado absurdo.

Causa estranheza também, claro, figuras tão simpáticas quanto a Lucy e o Ricky não só elogiando a marca que patrocinava o show I Love Lucy, como mandando experimentar depois de imitarem o garotinho. Mas pela época, até Flintstones anunciaram cigarros alguns anos depois.

Triste ironia que Lucille Ball tenha falecido de aneurisma aórtico agudo e Desi Arns de câncer pulmonar. Assista ao comercial (legendado em português) no player acima ou clicando aqui.

UPDATE 05/05/2011 13h40 - Segunda a Wikipédia, o "menino" é Johnny Roventini, garoto propagada dos cigarros desde a década de 30. Foi um famoso ator ANÃO (!!!), que em 1959 comemorou 25 anos de carreira! Hahahaha! Falha nossa!

[Ouvindo: Chopstick Cha Cha - Ferrante & Teicher]

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15Comentários

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  1. Acho que era um pouco de ingenuidade mesmo... Naquela época os malefícios do cigarro não eram tão apregoados quanto hoje, e cigarro era sinônimo de glamour. Basta ver: Rita Hayworth (Gilda não é Gilda sem um cigarro na piteira) é uma delas. Em "A Estranha Passageira", a cena em que Paul Henreid acende dois cigarros ao mesmo tempo e passa um à Bette Davis (outra fumante inveterada) se tornou clássica.

    Não que eu seja um defensor do tabagismo - pelo contrário, odeio cigarro e o cheiro que ele deixa na galera ao redor.

    Mas, enfim, os tempos eram mesmo outros.

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  2. Ricardo, não eram muito propagados, mas a indústria já sabia da bomba que vendia. Pelo menos que viciava.

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  3. E ninguém leva em conta o prazer que o fumante tira do cigarro?

    E ninguém leva em conta os prejuízos que a proibição da propaganda do cigarro tem gerado? Quem ficou para patrocinar o Carlton Dance? Não seria melhor que uma marca de cigarros patrocinasse a josta do blog de Maria Bethania ao invés dos cofres públicos?

    Os malefícios do tabaco foram inventados por grupos antitabagistas energúmenos com o apoio dos multimilionários que dominam a mídia e querem estabelecer um novo governo mundial.

    É a mesma mistificação que vende o propalado "aquecimento global", que tem o Al Gore como porta-voz e é uma bobagem criada para unir a consciência de todos os povos (independente de cultura, de política, de religião) contra um desastre ecológico iminente capaz de destruir a Terra.

    Olhem para José Serra e Dráusio Varella... dois antitabagistas xiitas, chiliquentos do karaio, que adoram encher o saco de quem fuma. Eles parecem pessoas saudáveis?

    Pelamor de deus, parem de acreditar na mídia, deixem de ser ingênuos.

    E de mais a mais, ninguém é obrigado a fumar ou ficar sentindo o cheiro de cigarro NOS OUTROS.

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  4. Refer, concordo com tudo, você sabe. Mas faz mal pra burro mesmo.

    Sou fumante, não consigo parar, mas sinto muitos efeitos negativos em mim mesmo.

    Nesse post só pretendo mostrar um exemplo da diferença que era antes e agora. Só!

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  5. ...é que vc é "da paz", Miguel. Eu não sou não.

    Não aguento mais ver tabagista tratado como lixo. O tabagista é o leproso do século 21. Tá faltando pouco para vc, tabagista, ser apedrejado na rua por pessoas "do bem", que não fumam.

    Não há nenhum estudo científico que prove a relação do cigarro com o câncer ou com doenças cardíacas. A mídia diz isso incessantemente nos últimos 40 anos — mas mídia não é ciência, mídia é pau-mandado.

    Cada vez que vejo (leio) uma manifestação do Dr. Drauzio (é com Z, de Liza, escrevi errado no comentário anterior) nesse sentido, fico enjoado como se tivesse fumado seguidos 5 pacotes de King Size mentolados.

    Se cigarro fizesse o mal que apregoam, a civilização ocidental teria sido extinta nos anos 70, quando as mulheres enlouqueceram e passaram a fumar feito chaminés.

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  6. Refer, rindo e me sentido reconfortadíssima com suas palavras.

    O cigarro faz mal. Isso é uma coisa.

    Outra é a indústria do estigma. Pufff para gente que faz questão de demonstrar contrariedade com cigarro em plena Avenida São João. Como se isso lhe imprimisse uma superioridade moral, sabe? Uma das babaquices de nossa era.

    Outra coisica super jeca é a expressão "vício do cigarro". Em vez de a pessoa dizer: "Fulano fuma", diz "Fulano tem o vício do cigarro"... :D

    Influência de igreja renovada...

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  7. Refer e Letícia, mas aí, quanto ao estigma, entramos naquelas do povão não saber viver sem servir de massa de manipulação.

    Deve ser mais fácil viver com a cabeça dos outros. Nem somos educados para querer viver de outra forma.

    Mas... Super me irrita ficar preso ao cigarro. Precisar comprar sempre, coisa e tal.

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  8. Virou meio crime, mesmo. Isso me incomoda mais do que ter de sair pra comprar.

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  9. Letícia, ah, isso sim! Virou um emblema do tipo "sou pessoa direita! Abomino cigarro".

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  10. Exato! Pffff! pras pessoas direitas. Meu bafo de manhã é melhor que o delas.

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  11. Letícia, desconfio de toda e qualquer indivíduo que tenha a necessidade de explicitar comportamentos "bons" a estranhos. Seja religioso, amoroso, moral, social, etc.

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  12. Eu não desconfio, não. Tenho CERTEZA de que a pessoa precisa viajar mais, conhecer outras realidades, outros grupos...

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  13. Letícia, sim! Ver que o mundo é muito mais que seu umbigo. Ter o mínimo, mas o mínimo mesmo de interesse em saber que a humanidade existe bem antes e além do dia em que ele nasceu.

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  14. Sábias palavras. Vou tungá-las lá em casa.

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