Fichas mal apostadas

14
No lugar onde cresci, dizia-se que “fulano cortou couve”, quando alguém fugia de algo que havia se proposto a fazer, como uma briga ou qualquer outro afazer. Ontem cortava couve para um filme, como a muito tempo não fazia!

Cassino, dirigido por Martin Scorsese em 1995 é sem dúvida o filme mais CHATO que me propus a assistir (rever na verdade) na última década. Nem lembro qual foi a outra vez em que parei de ver algo nos minutos finais.

Parece que não ficou definido se era pra lamber a época, quase um documentário de como a máfia agia em Las Vegas, ou narrar uma história. Na dúvida, virou um quiproquó de imagens curtas diluindo qualquer interesse na trama a ser contada sobre os personagens.

O desenvolvimento do enredo dá saltos confusos, resumidos, enquanto muitos minutos são gastos com extravagâncias visuais sem propósito algum.

Scorsese deve ter ficado como Chaplin em Tempos Modernos (1936), atralhoado com tanta coisa a trabalhar. Fazer Poderoso Chefão não é pra qualquer um, afinal.

Sim, os créditos iniciais são os últimos de Saul Bass e Sharon Stone está um assombro de linda! Mas Sharon Stone e Saul Bass são muito pouco para se tolerar quase 3 horas(!!!) desinteressantes.

[Ouvindo: Who Can I Turn To (When Nobody Needs Me) - Tony Bennett]

Postar um comentário

14Comentários

Antes de comentar, por favor, tenha consciência de que este espaço é disponibilizado para a sua livre opinião sobre o post que você deve ter lido antes.

Opiniões de terceiros não representam necessariamente a do proprietário do blog. Reserva-se o direito de excluir comentários ofensivos, preconceituosos, caluniosos ou publicitários.

  1. Por pouco que não assisto na minha última maratona de Scorsese, perdeu para Touro Indomável e A Época da Inocência. Agora perdi um pouco da curiosidade que possuia... Mas pelo menos vale procurar os créditos inicias no youtube =D

    ResponderExcluir
  2. Rafael, o espetáculo é grandioso, mas é chato! Parece que quando o vi na época, em VHS, eu tinha mais paciência talvez.

    ResponderExcluir
  3. Olá você! influenciando mal os novos cinéfilos.

    Às vezes, não sei explicar o motivo, o filme "não bate" com a gente (ou vice-versa).

    Quer saber um filme que EU acho insuportável? Alta Fidelidade

    e daí?

    ResponderExcluir
  4. Refer, no caso to influenciando bem. Cada um tem que assistir e tomar suas conclusões.

    Alta-Fidelidade nunca me desceu legal embora todos tenham babado o ovo dele. Preciso rever também.

    ResponderExcluir
  5. Nada que dure mais que 120 minutos possa ser legal...eu ja fico tenso quando sei que o filme passa de uma hora e quarenta.Penso mil vezes antes de assistir.Acho que por isso prefiro mil vezes tb punk rock do que progressivo

    ResponderExcluir
  6. Davi, essa é a diferença de um bom filme. As vezes pode ter mais de duas horas e a gente nem perceber, pq foi bem feito, entretem...

    Ou ter 70 minutos e parecer que a gente está assistindo faz dias! No caso estas 3 horas parecem séculos intermináveis!

    Quando começo a procurar os gatos pra chamega-los, sei que tá chato! rs

    ResponderExcluir
  7. De maneira alguma deixarei de ver o filme, assisto qualquer coisa para ter uma opinião própria. Mas uma recomendação ou comentário alheio sempre é válido.

    ResponderExcluir
  8. Rafael, claro, não disse o contrário.

    ResponderExcluir
  9. Ah, discordo!

    Assisti "Cassino" quando era criança, naquela edição dupla em VHS que mais parecia um tijolo. Agora o tenho em DVD duplo na coleção, mas ainda não pude rever. Ainda assim, as (muitas) lembranças que tenho do filme são positivas e considero a fita mais interessante de Martin Scorsese ao lado de "Vivendo no Limite" (aquele drama hospitalar com Nic Cage e Patricia Arquette).

    Pude comparar o filme com a história verdadeira e o resultado é uma obra cheia de minúcias sobre os bastidores imundos de Las Vegas. E como fã de Sharon Stone, fiquei triste por ela não ter vencido o Oscar por este filme (nos extras do DVD ela até se emociona ao recordar do momento que Martin Scorsese insistiu pela sua participação no filme quando nem ela própria acreditava que tinha talento para encarar uma personagem tão forte). A introdução da sua Ginger na narrativa é antológica.

    ResponderExcluir
  10. Alex, "Ah discordo" mas ainda não assistiu? Zzzzzzzz

    Comprei o DVD pq também já o tinha assistido em VHS na época, claro. E é chato, desinteressante, arrastado, cheio de faniquitos estéticos...

    Outra coisa que me irritou deveras vendo os extras, aliás, é que o livro foi feito a toque de caixa para virar filme. Evidente que nada mais é que um puta caça níquel feito com pompa e circunstância pra concorrer a Oscar.

    ResponderExcluir
  11. Miguel, mas eu assisti o filme! Como disse, conferi em VHS versão tijolo, aquele em duas partes. O que não fiz ainda foi rever o filme.

    E essa coisa de livro sendo feito às pressas apenas para uma versão cinematográfica é um problema (vide o que Thomas Harris fez em "Hannibal Rising"). Mas "Cassino" funcionou que é uma beleza para mim.

    ResponderExcluir
  12. Alex, e não foi isso que disse no post? Também tinha assistido ao VHS, o tal tijolo.

    Mas o filme não sobrevive a uma revisão. É chato, mal desenvolvido, arrastado.

    O DVD foi dinheiro jogado fora.

    ResponderExcluir
  13. Desculpe-me, o interpretei errado.

    Bom, apenas fazendo mesmo uma revisão para comprovar se a experiência seria negativamente diferente. Acredito que não.

    ResponderExcluir
  14. Alex, como eu. Tanto que entre centenas de outros filmes resolvi revê-lo...

    ResponderExcluir
Postar um comentário