Tem japonesa no samba

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No mundo caucasiano que é nossa dramaturgia, raros os rostos de outras etnias a encontrarem seu lugar ao sol. Se não é fácil para afro descendentes, que dirá pra asiáticos?

Li a biografia ricamente ilustrada de Misaki Tanaka escrita por Sérgio Andrade (parente? rs) no Pornochancheiro (página off) e tirei o chapéu pra moça. Natural de Tóquio, veio pra cá em 64 e fez uma extensa carreira no cinema brasileiro.

Em dezenas de filmes, foi dirigida por alguns dos nossos maiores diretor, como Walter Hugo Khouri, Ody Fraga, Jean Garrett, etc. Como todas outras lindas, pulou fora quando a Boca do Lixo entrou na fase do sexo explícito.

Voltou a atuar numa participação na novela Rei do Gado (1996). Retornaria ás telas apenas em 2003, em Garotas do ABC de Carlos Reichenbach.

Regressou ao Japão, onde trabalha como diretor na conceituada emissora de TV NHK. Agora assinando Mii Saki, é precursora das beldades com lindos olhinhos amendoados. Primeira na lista de Sabrina Sato, Daniele Suzuki, Sandra Midori e uma outra que não sei o nome, mas vivia fazendo ponta em novelas 80’s da Globo, quase sempre como parente de Ken Kaneko.

Imagens e informações biográficas são um oferecimento Pornochancheiro (página off)

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20Comentários

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  1. Não conhecia Misaki. Das orientais a serviço da cultura brasileira (heim?), só conhecia Sandra Midori - primeiro descobri-a em "Senta no meu que eu entro na tua" e depois fui revê-la deitando suas carnes por cima das carnes em "O Hospital da corrupção e dos prazeres".

    Voltando à Misaki, putz, ela está em "O inseto do amor"? Este é um daqueles filmes que eu sempre dou uma olhada nos primeiros dez minutos e acabo deixando pra lá.

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  2. Ricardo, nem eu!

    Argh! Nada me deu mais nojo no cinema que esta ceninha de "O Hospital da corrupção e dos prazeres". Olha que tenho estômago forte.

    E já vi em DVD este Inseto do Amor e não comprei. Me arrependo amargamente.

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  3. "... mas vivia fazendo ponta em novelas 80’s da Globo, quase sempre como parente de Ken Kaneko".

    Já ri hoje!

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  4. Letícia, o nome Ken Kaneko consegui descobrir. Fui em Tizuka Yamazaki > Metamorfoses > Ken Kaneko! :D

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  5. Engraçado. Hoje tem mais, mas a coisa mais difícil era descolar um japa ator.

    Coisa diferente com os papéis de judeus, p. ex., ou de alemães: qq. um serve.

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  6. Letícia, será que não era pq havia pouco emprego? Eles acabavam não se dedicando a profissão?

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  7. Pode ser. Mas devia haver pouco casting também, e acredito que o autor escrevia meio limitado com esse porém tb.

    Prova disso é esse Ken Kaneko aparecendo toda hora.

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  8. Letícia, deve ser tipo ovo ou a galinha!

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  9. Letícia, até pouco tempo, com negros não era muito diferente na TV.

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  10. Exato. Nos anos 60, só havia o Pitanga mesmo. Ainda assim, só no teatro.

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  11. Ops! Fazendo par com a Ruth de Souza.

    (Brincadeira, nem si se ele fez par com ela alguma vez na vida).

    Mas devia ser menos, né? Porque nosso passado exigia contextos escravos.

    Mesmo assim, devia haver problemas mútuos de elenco.

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  12. Letícia, Pitanga no teatro e no cinema. Ainda temos muito o que mudar, mas já é alguma coisinha.

    Fico horrorizado ao ponto de rir pra não chorar com anúncios locais de supermercados, shoppings e qualquer outra coisa. Só escolhem gente branca pra aparecer na TV!!!

    Pior, quando comento isso as pessoas parecem não ver onde está o erro nisso. Brasileiro LITERALMENTE não se enxerga!

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  13. Letícia, Pitanga no teatro e no cinema. Ainda temos muito o que mudar, mas já é alguma coisinha.

    Mesmo com sexualidade, o nosso cinemão sempre foi muito mais aberto à diversidade. Inclusive nas pornochanchadas, do nada podia aparecer um travesti em cena, e sem pudor é "Ferro na boneca!".

    Fico horrorizado ao ponto de rir pra não chorar com anúncios locais de supermercados, shoppings e qualquer outra coisa. Só escolhem gente branca pra aparecer na TV!!!

    Pior, quando comento isso as pessoas parecem não ver onde está o erro nisso. Brasileiro LITERALMENTE não se enxerga!

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  14. Está mudando, Miguel. Às vezes muda até de maneira artificial, com um troço prigoso de exagero de autoafirmação.

    "Mas meus cabelos, ó, continuam sendo alisados na chapinha!!!"

    Você há de dizer: falar é fácil pra você, que tem cabelo liso.

    Mas não é, não. Cada um com seu cada qual, que todos são bonitos.

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  15. Letícia, sim, está. Creio inclusive que anúncios locas de SP sejam diferentes.

    Reparou que quando querem mostrar que o anúncio é multi étnico o negro nunca usa chapinha? É sempre black power?

    Tem um do McDonalds no ar que se percebe bem. Mas já vi isso em vários.

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  16. Sim, sim. Como no coral do casamento real, havia um japinha e um negrinho (mas deviam pertencer à Commonweath).

    Mas nas ruas a preferência pelo visu branco ainda impera.

    Tanto é que, de vez em quando, quando vejo na rua uma negra assumida: cabelão black, roupas com cores adequadas ao tom de pele, tenho vontade de pedir licença pra fotografar e botar no blog. Mas a timidez...

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  17. Letícia, o Brasil é multicoloridíssimo! É um dos nossos charmes!

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  18. E agora é minha professora de técnicas criativas (uma disciplina de cinema) na Universidade Federal de Pelotas. Hilário.

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