Santa com nome de pecadora

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Entre os santos não católicos, que arrebatem multidões de fiéis entre o povo humilde, impressiona a história da argentina Gilda. Nasceu em 1961 em Buenos Aires como Miriam Alejandra Bianchi e foi como professora primária que desenvolveu sua aptidão ao canto.

Em 1991, ao responder a anúncio de jornal, teve a oportunidade de realizar o sonho de virar cantora, enfrentando a oposição famíliar. Alterou seu nome em homenagem ao mais famoso personagem de Rita Rayworth.

Sua carreira foi meteórica no sentido fiel á palavra. Gravou quatro discos de música cumbia ou da "movida tropical", som bastante similar ao que é feito no Pará, conhecido como “brega”.

Carismática, Gilda teria alcançado o público argentino da classe média cantando as dores de amar. Adorada por fãs que já lhe pediam milagres enquanto viva, teve sua carreira abreviada em 1996 ao morrer com 35 anos no acidente que envolveu seu ônibus de shows com um caminhão.

Desde então, no local do acidente, os destroços do veículo viraram uma altar de devoção. Todo dia sete de outubro recebe peregrinação de milhares de fiéis atrás de graças assim como seu túmulo no cemitério de Chacarita na capital do país.

Tornou-se uma santa pop, cultuada pela mais fervorosa fé popular. Como tal, cada novo milagre alcançado e devidamente propagado entre seus crentes, arrebata novos seguidores.

Na próxima quinta-feira (21) às 21 horas, o NatGeo exibe documentário sobre a cantora e outras pessoas comuns veneradas como divindades na America latina. Clique aqui para assistir Gilda cantando "No Me Arrepiento De Este Amor".

Veja também:
Argentina em chamas: Eva Perón Vs. Libertad Lamarque


[Ouvindo: Star Guitar – The Chemical Brothers]

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28Comentários

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  1. Joguei no Google (parece desrespeito, se trantando de uma "santa"), e lá Santa se apaixona? Vi um trecho de uma música dela assim: "Que voy a caer en lo profundo del infierno." - Isso é coisa pra uma santa cantar? Hehe.

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  2. Givas, e a gente fica tentando entender a fé do povo tão humilde... Ela me chamou atenção a começar pelo nome.

    Igres, eu também!

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  3. Argentino é chegado em um culto fúnebre. Haja vista as peripécias com os corpos de Evita e Juan Perón.

    http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1312320-5602,00.html

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  4. Refer, sim. Alma dramática a deles! Lembrando de toda melancolia dos tangos também.

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  5. Adoro essas coisas! Qualquer coisica, seguida de morte precoce, eis aí a estrada para o milagre.

    E o túmulo do Antoninho Marmo, que previu a própria morte?

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  6. Letícia, esse documentário tem uns casos estranhos, mas que as pessoas morreram faz muito tempo. Um deles, protetor de narco traficantes no México!

    Gilda era um tipo de Joelma, recente. Então pensa-se nas fãs da música levando isso a muitas potências com a morte abrupta.

    Em Itapeva tem uma santinha que todo dia de finados fica com uma montanha de coisas em cima de seu túmulo. Desde criança via aquilo e achava deveras hard, tadinha.

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  7. Já pensou o peso que é para essas pobres almas? Além de o túmulo ficar imundo...

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  8. "Em Itapeva tem uma santinha...". Em Bauru também, de uma menina que morreu ainda criança. O túmulo dela, no dia de finados, fica entupido de brinquedos.

    Agora, mistério mesmo é descobrir de onde você tira essas coisas. Essa Gilda eu nunca tinha ouvido falar antes, nem em sonho!

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  9. Letícia, peso gigantesco! Sem falar no "descanse em paz".

    Ricardo, devem ter santinhas em todas as cidades!!!

    Vi Gilda no documentário do NatGeo. Eles vão passar de novo quinta.

    Achei o nome dela curioso e o fato de ser tão famosa lá e a gente nunca ter ouvido falar aqui.

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  10. RIP numas, né? Isso sem falar nos túmulos dos famosos. As romarias a Carmen Miranda, ao Paulo Sérgio...

    Já pensou lá no Père Lachaise, a baixaria que deve ser com Piaf no dia de finados?

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  11. Letícia, e o povo estava leiloando o túmulo ao lado do da Marilyn!!!

    E a Clara Nunes? Lembro de ter lido algo sobre rituais em seu túmulo.

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  12. Coitada de Marilyn... Só com Chanel n. 5, never more... (ai, que piada podre!!!)

    Clara Nunes! Como poderia esquecer? É a vertente umbandista da coisa. Bem lembrado!

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  13. Letícia, imagina gastar milhões pra passar a eternidade ao lado dela? Oi?

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  14. Isso é que é esperança!

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  15. Letícia, eu hein! E aturar a maratona de fãs te atazanando a cada 5 de agosto por causa da vizinha famosa?

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  16. Terrível. Isso deveria ser proibido nos cemitérios.

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  17. Letícia, devia, mas pensou que triste túmulo de famoso abandonado?

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  18. Visitar, sim. Mas sem concentrar tudo no dia de finados, né? E sem aquela sujeirada toda de flores, velas, lembrancinhas. Heranças religiosas, mas um desrespeito ao morto.

    Depois a gente goza com os rituais fúnebres dos índios de Cuzco...

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  19. Letícia, enfim, sem o tropé. Troco tudo por uma VIDA de respeito.

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  20. Letícia, sem paciência nenhuma pra babação de ovo dos que se vão e têm uma vida esquecida, desprezados.

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  21. Também. Me irrita muito. É quando o Bo.zo morrer. Vão repassar a reportagem em que ele mostra uma arara com as fantasias, lamentando a ingratidão de SS. Com a Lista de Schindler ao fundo.

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  22. Letícia, lembro do Jacinto Figueira Junior em situação semelhante. Aguardemos! Hahahaha

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  23. Isso, isso, isso!!!

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  24. Letícia, curto prever os futuros casos semelhantes. Poveza é muito ingrata com os que bajulam no auge.

    Memória fraquinha. Assim que uma gravadora, emissora de TV ou seja lá o quê, decide que o devem curtir outra pessoa, esquecem imediatamente. Cruel!

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  25. Verdade. Mas é muita gente pra aparecer e decair...

    Só me espanta quando o cara fez um sucesso estrondoso e depois, quando vão filmar ele todo entubado, cê vê que a grana não adiantou nada.

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  26. Letícia, a Bengell recentemente no G1! Alguém que parecia sempre lidar tão bem com essa máquina numa situação triste.

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