Um herói chamado Ki-Suco

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Bastante popular na década de 80, Ki-Suco era uma espécie de primo pobre do Tang. Vendia em envelopes bem menores, embora rendesse o mesmo 1 litro do concorrente.

E ele ainda existe! Eu é que deixei de freqüentar seus principais pontos de venda: mercearias populares (aka botecos), onde comprava doces.

Pelo aparente excesso de corantes, a única vez que convencemos minha mãe a comprá-lo foi pelo brinde num pacote promocional. Vinha com a mini jarra sorridente que também era apontador de lápis!

Seu mascote é bem tradicional nos EUA! Chama-se Kool-Aid Man, e gerou infinita quantidade de subprodutos por lá, tendo seu auge nos anos 80.

Os quadrinhos, por exemplo, foram produzidos pela gigante Marvel Comics. Foram vendidos normalmente e entregues de brinde. Caminho inevitável na época era virar jogo para Atari 2600.

Cara de Pac-Man o Kool-Aid Man já tinha. Foi só colocar ele correndo através de fantasmas num labirinto de cubos de gelo e voilá!

O blog Cavalcade of Awesome listou outros nove produtos. Atenção especial ao bizarro tênis infantil com sola cheirosa.

Vendia aqui no Brasil, mas sem relação alguma com o Ki-Suco. Coisas cehirosas foi outra febre dos 80. De borracha escolar, bonecas a... calçados!

Desde 1994, a fabricante norte-americana promove o Kool-Ad Day toda segunda semana de agosto. O dia do Ki-suco acontece em Hastings e busca firmar a marca como refresco oficial do estado de Nebraska.

Fico na torcida para que a equipe de marketing do refrigerante Dolly não tenha acesso a este post. Pensou nas Aventuras do Dollynho em todas as bancas?

[Ouvindo: You Haven't Seen the Last of Me – Cher]

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19Comentários

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  1. Deos nos livre do Dollynho virar QUALQUER COISA!!! Propaganda irritante já tá bom demais, imagina virar gibi ou capa de caderno? Cruzes!

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  2. Kika, imagina a trasheira? hahaha!!!

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  3. O Ki-Suco foi o primeiríssimo suco de pacote vendido no Brasil. Foi uma revolução, virou uma mania... e matou uma tradição nos lares brasileiros: a groselha.

    Antes do Ki-Suco, em toda casa havia uma garrafa de groselha, aquele líquido xaroposo, ótimo para fazer refrescos.

    Não sei o ano certo que o Ki-Suco apareceu aqui — chuto 1962.

    * *
    BTW vcs conheceram um travesti nissei chamado Kissuco? Fez um trabalho de responsa na prevenção a AIDS em meados dos anos 80.

    A Kissuco saia toda noite vestida de gueixa e passava em todos os points distribuindo material da Secretaria da Saúde.

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  4. Refer, tá explicado. Até os 80, minha infância, ele já tinha ficado pra trás pelos refrigerantes.

    **
    Tinha ouvido falar nessa Kissuco sim. Que fim levou?

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  5. Lembrei do jingle (de lançamento??) na TV:

    'Ki-Suco, Ki-Suco
    Prá refrescar,
    Ki-Suco, Ki-Suco
    Eu vou saborear!'

    * *

    Não sei onde está a Kissuco. Talvez a dona Célia saiba. Nos 80 a dona Célia e a Kissuco saíram numa foto-reportagem da revista da Folha. :D

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  6. Refer, poucos devem se lembrar disso... Pra mim é novidade que ele já teve essa importância.

    ***
    Devo ter ouvido falar na Kissuco pela Folha mesmo.

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  7. O Ki-Suco fez tanto sucesso que ganhou um concorrente forte chamado Q-Suco - era a mesma coisa, mesmos sabores, 1 envelope x 2 litros etc.

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  8. Anônimo, por isso fiquei na dúvida sobre a grafia correta.

    Era a época do "Q" alguma coisa mesmo. Lembrando do Quichute.

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  9. O "anônimo" aí em cima sou eu.

    A única diferença entre os 2 (além do "Ki-" e "Q") era que o envelope de Ki-Suco vinha com a imagem da jarra de suco sorridente.

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  10. Eu lembro. Ou melhor, é do meu tempo. Só não posso com o cheiro, porque eu morava próximo à fábrica.

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  11. Refer, ah tá!


    Letícia, imagina o que tinha naqueles saquinhos pra render o mesmo 1 litro e ter bem menos pó... E era de sabor mais ácido.

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  12. Sei lá, Miguel. Sei que depois de um tempo cristalizava tudo, mesmo sem ser aberto. Coisa que não acontece hoje com um Clight, p. ex., e daí começo a imaginar o que tem dentro dos saquinhos de hoje...

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  13. Letícia, bem lembrado. Até Tang cristalizava...

    Que maravilha deve ser a química atual!

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  14. Medo! Mas tem alguns sabores superfiéis. Não é coisa pra todo dia, mas gosto.

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  15. Letícia, hahahah lembrei da minha finada avó, diabética, se contentando o o Clight tangerina:"Aaaah! Sabe mesmo ao sumo da fruta!"

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  16. hoje em dia o mercado não permite (ainda bem) um quadrinho do Dollynho, a Globo cancelou títulos do Cocórico, Sítio do Pica-Pau Amarelo, temos a Turma da Mônica, uma fotonovela do Pica-Pau, Disney e umas tentativas de volta do Pequeno Ninja (já cancelado), Senninha, Turma do Arrepio, Turma do Xaxado, mesmo achando a Turma da Mônica cansativa, a republicações da Disney brasil são legais, os outros gibis são um porre.

    a década de 1980 e 90 teve gibi pra tudo.

    P.S: Miguel, você viu que o Watson Portela foi chamado pro terceiro álbum de comemoração aos 50 anos do Maurício de Sousa, a um tempo dizia que ele tava se aposentando, que estaria doente etc...

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  17. Anônimo, estou totalmente por fora da realidade atual do mercado dos gibis no Brasil.

    Pô, que bacana pro Watson! Um heróis "desconhecido" do HQ brasileiro.

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  18. o Aluir Amâncio também vai estar nesse álbum veja a lista completa:
    http://www.hcast.com.br/hcast/2010/12/09/msp-novos-50/

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  19. Anônimo, olhai! Só a nata!

    Aluir vai arrasar, evidentemente!

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