Hora de parar

4
Joan Crawford reeduca o monstro em Trog de 1970. Dirigido pelo especialista B Freddie Francis, foi o último filme da atriz.

Ela é uma antropóloga que luta a favor do ser pré-histórico encontrado acidentalmente numa gruta, que sofre preconceito das autoridades locais. Trog é a abreviação de troglodita, segundo a renomada doutora.

Toda séria e respeitável, mas trata a criatura como um cachorrinho, inclusive o chamando como tal: “troooooog!”. Deve ter se inspirado no tratamento que dava aos seus poodles, bem mais afável do que aos seus filhos.

O monstro em si é de uma pobreza franciscana... Um homem gordo, que nem peludo é, usando máscara de gorila, que seria sobra de 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968) de Stanley Kubrick!

Atenção ao merchandising da Pepsi, empresa que Crawford herdou belas ações do finado marido! No meio do nada, na primeira aparição do Trog há um carrinho vendendo hot dog e o refrigerante!

A estrela comentou depois, que ao ver seu nome no cartaz desse filme, só não cometeu o suicídio porque estava convertida à Ciência Cristã. Garantia que decidiu parar de fazer cinema antes de ver o resultado.

Teria sido quando numa manhã foi trabalhar e o diretor avisou-lhe que as filmagens estavam encerradas por corte no orçamento. Acreditou ser o momento mais digno de encerrar seus mais de 50 anos de carreira.

[Ouvindo: Count Five or Six – Cornelius]

Postar um comentário

4Comentários

Antes de comentar, por favor, tenha consciência de que este espaço é disponibilizado para a sua livre opinião sobre o post que você deve ter lido antes.

Opiniões de terceiros não representam necessariamente a do proprietário do blog. Reserva-se o direito de excluir comentários ofensivos, preconceituosos, caluniosos ou publicitários.

  1. Sei que estou em débito com o senhor, mas tenho Misses Crawford desembarcando na Praça Mauá, seguido por um passeia pela Av. Rio Branco, e a noite, um jantar no Caopacabana Palace. Isso em alguma Manchete dos 50. Quando arrumar o maldito scanner, vai junto com a princesa do Carnaval de 1958. ;)

    ResponderExcluir
  2. Glauco, quando comecei a ler o comentário eu estava pronto a responder: "Ah, depois daquele PDF do John Waters tudo bem!"

    Mas NÂO!!! EU QUERO ISSO!

    O Refer comentou aqui uma vez quando ela esteve em São paulo e teve um piriri daqueles! Fiquei doido pra saber mais!

    ResponderExcluir
  3. Será que foi nessa visita e ela deu uma esticada até SP? Acho que ela esteve por aqui somente duas vezes, no final dos 50 e nos 60, onde aparece no finado Baile de Carnaval do Municipal, que era o ponto alto do carnaval carioca antes da ascenção das escolas de samba.

    Para mim, é um prazer compartilhar essas coisas com você!

    ResponderExcluir
  4. Glauco, parece que ela veio pela Pepsi!

    ResponderExcluir
Postar um comentário