Extravagância sobre o Nilo

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“Cleópatra poderia ter sido um grande filme. Mas (o chefão da Fox) Darryl F. Zanuck agiu comigo como se fosse um ditador. Aliás, duvido que ele saiba que Júlio César teve o título de ditador, na Roma do Senado Romano” Joseph Mankiewicz, diretor creditado de Cleópatra (1962)

Filme exemplar para se ter na coleção por seus bastidores e pelo seu significado histórico dentro do então empoeirado sistema de estúdios de Hollywood. Ainda por cima bateu de frente á revolução cultura que o mundo fomentava.

Qualquer coisa que se lê sobre o cinema da época acaba se esbarrando nele. Inclusive a biografia da Marilyn Monroe, fora das capas de revista para dar lugar a Elizabeth Taylor e o bafafá da rainha do Egito.

Como de loira burra ela não tinha nada, chamou os fotógrafos ao set de Something's Got to Give e deixou-se fotografar nadando na piscina. Nua!

Deu tão certo que até hoje suas imagens de roupão azul correm o mundo. O que Monroe não contava é que o estúdio, à beira da banca rota graças ao épico, teria um motivo a mais para dispensá-la da sua folha de pagamento.

Todos os filmes da Cleópatra (inclusive aquele inglês de 45 com Vivien Leigh) derrapam no que deveria ser um trunfo: Ao delinear a personalidade da protagonista.

Invariavelmente elas parecem periguetes às voltas com um mundo masculino, de acordo com o costume da época em que foram produzidos. E o resto é uma pompa dourando o blablablá infinito.

veja também:
"O famoso penteado Cleópatra"


[Ouvindo: Gîtâ – Maria Bethânia]

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4Comentários

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  1. A Cleópatra de Vivien Leigh é quase uma Scarlet O'Hara de rímel. Ainda não vi a interpretação de Claudette Colbert e Alessandra Negrini como a rainha do antigo Egito.

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  2. Glauco, também não vi a de Colbert. Dizem que a da Negrini é um prato cheio pra quem gosta de closes ginecológicos...

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  3. Hahahahahaha!

    Ginecológico mesmo é a versão da fogosa mineira Olivia del Rio em um filme de Joe D'Amato (o mesmo que colocou Rocco de Tarzan, Marco Polo e Marques de Sade) deve ser bem mais ginecológico.

    Tem também Sophia Loren, numa comédia bem bobinha do início dos anos 50 que vira e mexe e Band reprisava.

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  4. Glauco ai que vontade de colecionar todas as Cleópatras do mundo!

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